domingo, 1 de dezembro de 2013

Um minhocão faz ginasticão.

Preguiça e falta de tempo: combinaçãozinha complicada. E quando vem junto uma auto-piedade, vixe!

Todo mundo sabe da importancia do exercício físico para a manutenção da saúde, e que é fundamental para quem precisa se curar da obesidade. Sim, é um tratamento para essa doença.

Quando era adolescente treinei kung-fu. Desajeitada até, mas treinei por 3 anos. Foi a época em que estive menos gorda e meu ombro parecia o do Bruce Lee. Parei quando comecei a virar gente grande, e A Gorda me dizia que não tinha mais tempo para isso.

Depois fazia o percurso casa/estágio/faculdade andando muito e lesionei meu joelho. A Gorda dizia que andar muito era o problema (não a falta de exercício), e com o tempo estava com um Uno de um lado para o outro. E com a falta de tempo, o Uno descobriu o drive-thru do McDonald's - o que vale outro post.

Depois vieram os filhos e tirar tempo deles depois que volto do trabalho para ir para a academia seria demais.

O corpo foi feito para se movimentar e se não fazemos isso, ele um depósito de calorias em forma de gordura armazenada. E carregar tanta gordura dentro de mim foi muita sobrecarga para o meu coraçãozinho. Imagina o tamanho que o coração é tendo que bombear sangue para cada parte de um corpo gigante. Que dó. O desenho Wall-e que tem os gordinhos do futuro nas cadeirinhas faz todo sentido. Quanto mais comodidade, mais gordura. Basta ver as fotos antigas de família para ver que não havia tanta gente com sobrepeso.

O primeiro passo que dei na Odisséia foi me matricular na academia. Dava para ir a pé de onde morava e funcionava até às 23h, ou seja, podia ir depois dos meninos irem dormir. Nos primeiros dias deixava os monitores assustados com meu batimento cardíaco de tão alto que era. Além de ter o condicionamento físico negativo, a altitude da Cidade do México influenciava. Realmente não é frescura dos jogadores de futebol.

Com 1 mês e meio vi que estava disciplinada e me arrisquei a fazer na academia do prédio que era super equipada, e com o suporte da super Valeria, que me incentivou e ensinou muito. Muito, mas muito obrigada mesmo!

Confesso que ainda não estou disciplinada com os exercícios desde que voltamos para casa, e a academia do prédio que promove defesas anti-tetânicas não ajuda muito, mas é o que tem pra hoje. Existe e não preciso sair com o carro depois dos meninos dormirem. Tenho que me ajustar para ontem, afinal deixei de ser molusco (sem ossos) e estou virando o Geléia dos Caça Fantasmas. E sem a endorfina que o exercício produz, A Gorda não tem estado tão calma e a vontade de comer mais está mais frequente.

Tenho que deixar de procrastinar essa parte - e como disse no primeiro post, procrastinar é o nome bonito da preguiça. E continuar com a ginastiquinha antes que vire um minhocão.

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